VESTÍGIOS
É
esse semblante cansado que aflige.
São
teus bruxuleantes olhos que não veem,
teus lábios pálidos decorados de estrias
sem
o fulgor
do fogo e a doçura
do
néctar dos deuses
São as mãos ás peras e
trêmulas que me ferem
e o trôpego andar buscando inalcançável, que dá pena.
São as marcas senis
maculando a pele alva que se esgarça,
o castanho claro dos
cabelos agitados nos brancos esvoaçantes.
Olha-te no largo e
retangular espelho do teu quarto.
Acredita, és tu ou o
que te resta, entardecida e só.
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