LITERATURA DE CORDEL
Entre os retalhos da
vida
Quero lhes fazer
ciente,
Com sugestibilidade
De mulher inteligente,
Explicando como é
fácil
Produzir um
delinquente.
Primeiro, eu vou explicar:
Deixar seu filho dizer
Tudo o que ele
desejar,
Também o satisfazer
Em tudo que ele quiser
E ainda o defender;
Consentir que o filho
faça
O que não é necessário
Sem educação moral,
Sem estilo
doutrinário;
Que ele, sem
instrução,
Seja um
correligionário.
Ou mesmo, pelo
contrário,
Com certa indignidade,
Passar a repreendê-lo
Criando-lhe má
vontade,
Revolta,
ressentimentos
Para a criminalidade.
Perante a sociedade
Ele descarregará!
O que ouviu em criança
Ele não esquecerá,
Depois que estiver
crescido
Aos pais envergonhará.
E lógico, o filho terá
O direito de sentir!
Se o casal não tem
respeito,
Brigando pra o filho
ouvir,
Este julgará conforme
O que aprendeu
discernir.
Castigar severamente
Sem seu filho merecer
Ou expulsá-lo de casa,
Negar-lhe roupa e
comer;
Ter raiva, menosprezá-lo,
E, dele, a face
esconder,
Como também não querer
Que desfrute a
mocidade:
Brincar, amar,
passear...
Não gozando a
liberdade.
Realmente o jovem vive
Repleto de má vontade.
Falar com austeridade
Sem definir com
prudência,
Com falta de estilo e
calma,
Fugindo, assim, à
decência,
É a instrução que
carece
Para a desobediência.
No caso de mais
carência,
Privar seus objetivos
Dirigindo-se ao jovem
Com assuntos
negativos,
Pois a repressão não
traz
Resultados positivos.
Um tratamento abusivo,
Importuno, e
negligência,
É mesmo a forma melhor
E de maior influência
Para um jovem praticar
Os atos de
delinquência.
Um jovem adolescente
Vivendo a degenerar
Com seus pais nada
fazendo
Que o possa recuperar,
Das ações desvirtuadas
Não poderá se safar.
Os conselhos não lhe
agradam
Nem a luz do mau
juízo,
Antes, nega-lhe
atenção,
Para viver indeciso.
Sem o olhar no futuro,
Terá grande prejuízo.
Deixar o filho andar
liso,
Malcheiroso,
maltrapilho,
Depois de bem
pervertido,
Analfabeto e
andarilho,
Seus pais escondem-lhe os hábitos
Porque o mesmo é seu filho.
É seguindo esse mau trilho
Que realmente estará
Perdido, irrecuperável!
Isso tudo o levará
A uma vida incapaz
E na mesma viverá.
Assim, continuará
Imoral, sem reajustes,
A família perturbada
Pelos ilícitos embustes
Com os quais o jovem atua
Sem ter jeito e continua
Na senda dos desajustes.
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Guardo no meu coração
Escolhas feitas por mim
Raramente esqueço alguma,
Até mesmo a mais ruim.
Lembranças sempre marcantes
Dos atos itinerantes...
Até das dores sem fim.
Eu escolhi este assunto
Falando do
adolescente
Imaginando a
carência
Geral que o
jovem sente.
Ele, quando
é bem amado,
Não
necessita o cuidado
Indispensável
ao coitado
Abandonado e
carente.
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