OS PÁSSAROS
Há sempre boas lembranças dos nossos dias,
recordações permanentes que só a morte abandona.
Regresso à antiga praça no meio das tardes estivais,
Meninos de calças curtas, suas bicicleta e patins.
Éramos muitos sem dar conta do avanço das horas.
Um dia, desses que não fogem, houve a magia do momento,
Que ficou na melancolia das retinas.
Súbito silêncio nos rondou, depois a ventania o pó das ruas
Finalmente a algazarra dos pássaros assombrando.
A revoada acinzentou o espaço onde o balé acontecia
por minutos incontáveis nosso alumbramento.
Foram-se com medo do poente que chegava,
e nunca mais voltaram aos saudosos olhos que voaram.
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