Na floresta profunda dos sentidos
Lindas flores perfumam a existência
Que são versos surgindo com fluência
Enfeitando-me com tons coloridos.
Sentimentos exalam estampidos
Que são sons no jardim do coração
De poemas floridos de canção
Numa música feita de poesia
Elevando meu Ser na melodia
Que orquestra minh’alma de emoção.
No botão de uma flor bem pequenina
Guardo o verso mais puro e delicado
Pra brotar no jardim do meu roçado
Com os beijos da fonte cristalina.
Os orvalhos que escorrem da bonina
São serenos cristais do sentimento
Cintilando de verso calmo e lento
Sobre as pétalas plácidas do peito
Onde os tons do sentir é um enfeito
Colorindo o sensível pensamento.
Cada flor de poema mostra a luz
Que clareia meu corpo por inteiro
Despertando o sentir alvissareiro
Como a dócil palavra de Jesus.
O meu peito sensível me traduz
Em orquídeas de versos campesinos
Eu me embalo no sonho dos meninos
E me deito na flor do sentimento
Envolvido de paz cada momento
Como o som dos riachos cristalinos
As palavras tratadas com carinho
Se transformam em bálsamo suave
Que perfuma tão leve como a ave
Quando faz com as penas o seu ninho.
O meu verso constrói lindo caminho
Entre as flores no campo do sensível
Expressando de forma bem visível
Um jardim de poemas ocultados
E que foram de leve desvendados
Revelando o meu Ser perceptível.
Gilmar Leite
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