ACORDA BRASI
Acorda Brasi drumente
Tás drumino incnsciente
Nessa rede de argudão!
Coidado cum o estrangeiro,
Esse povo é traçoeiro
E num tem contempração.
Confia, desconfiado,
Sempre alerta, maromando
Esperando ocasião...
Te livra duma emboscada
Se hôvé dá u’a chumbada
In riba do coração.
Quando o freguez é dereito,
Qui tem o valo nos peito,
Num sofre injuriação
E vancê Brasi valente
Tem corage premanente
Pra brigá inté cum o cão.
É preciso te desteza,
Agarra tua riqueza
E defende o teu quinhão
Te alembra do português?
Brigaro cum o olandês!
Quem sarvô foi Camarão.
Coidado Brasi, coidado
Deixa de comprá fiado
Faça outra arrumação:
Acorda, trabai,trabái,
Qui das tuas terra sai,
A tua manutenção.
Te alevanta da rede
Bebe água, mata a sede,
Aperta teu cinturão...
E barre mão de peixeira,
Mostra a essa gente estrangeira
Qui o Brasi é uma Nação.
Poeta Assuense – in memorian
RENATO CALDAS - Nasceu em Assu, (com dois ss), no dia 8 de outubro de 1902.
Sua obra mais importante: O livro FULÔ DO MATO e outras
poesias.
- faz sucesso até hoje e, está em sua 4ª Edição. A poesia em tela encontra-se nas paginas 132/133, do citado livro
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