HELENISMO ( By Roberto Noir )
Sob os auspícios desta negra noite hecatiana
Sentindo deveras a alva ausência de Selene
Fui visitar os domínios marítimos de Poseidon
Tentando vivenciar empiricamente a ataraxia de Epicuro!
Deitei-me no tapete de areia, fechei os olhos
Relaxei meu corpo, respirava de forma vagarosa
Tentando encontrar aquela tão procurada dama
Porém só consegui avistar o irmão siamês da morte!
Levanto-me! Decepcionado, principio a caminhar
Seguindo o fluxo do rio que sempre muda
Já não sou mais o mesmo de alguns instantes
Certas estão as palavras daquele pré-socrático!
Inevitável lembrar do que disse que nada sabia
Aquele que negou o oráculo de Delfos
Afirmou que era ignorante, distorceu a realidade
Pois sábio é aquele que dissipa as brumas do falso saber!
Estou alucinado! Visualizo aquelas belas colunas
Jônicas, Dóricas, os templos e também a ágora
Raiz de uma democracia que não era para todos
Algo que de forma bizarra persiste hodiernamente!
Por isso desejo ficar só! Mas sempre fracasso
Aristóteles diz que é impossível meu intento
Pois não sou animal e certamente não sou um deus
Apesar de possuir diversas partículas de ambos!
Desisto! Sinto-me fulminado por Zeus!
Tamanho esforço que resultou em nada
Lembro-me amiúde da vasta obra platônica
E vejo que meu projeto só existe no mundo das ideias!
Assaz ridículo! Tanta jactância transformada em tristeza
Certamente é algo que é bastante comum
Pois um antiquíssimo e penoso esforço hercúleo
Perece nas sorumbáticas praias da estupidez contemporânea!
Sob os auspícios desta negra noite hecatiana
Sentindo deveras a alva ausência de Selene
Fui visitar os domínios marítimos de Poseidon
Tentando vivenciar empiricamente a ataraxia de Epicuro!
Deitei-me no tapete de areia, fechei os olhos
Relaxei meu corpo, respirava de forma vagarosa
Tentando encontrar aquela tão procurada dama
Porém só consegui avistar o irmão siamês da morte!
Levanto-me! Decepcionado, principio a caminhar
Seguindo o fluxo do rio que sempre muda
Já não sou mais o mesmo de alguns instantes
Certas estão as palavras daquele pré-socrático!
Inevitável lembrar do que disse que nada sabia
Aquele que negou o oráculo de Delfos
Afirmou que era ignorante, distorceu a realidade
Pois sábio é aquele que dissipa as brumas do falso saber!
Estou alucinado! Visualizo aquelas belas colunas
Jônicas, Dóricas, os templos e também a ágora
Raiz de uma democracia que não era para todos
Algo que de forma bizarra persiste hodiernamente!
Por isso desejo ficar só! Mas sempre fracasso
Aristóteles diz que é impossível meu intento
Pois não sou animal e certamente não sou um deus
Apesar de possuir diversas partículas de ambos!
Desisto! Sinto-me fulminado por Zeus!
Tamanho esforço que resultou em nada
Lembro-me amiúde da vasta obra platônica
E vejo que meu projeto só existe no mundo das ideias!
Assaz ridículo! Tanta jactância transformada em tristeza
Certamente é algo que é bastante comum
Pois um antiquíssimo e penoso esforço hercúleo
Perece nas sorumbáticas praias da estupidez contemporânea!
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