O Livro é um Romance
autobiográfico foi lançado no dia 21
de Dezembro de 2012
Local: em Natal para o Natal em todas as casas e lugares do mundo, do céu e da terra e dos mares.
segue abaixo, os dois primeiros capítulos:
Zero
zero zero - ABSOLUTAMENTE SONHO
Antes do
antes de minha própria concepção
Sonho
Minha vida
uterina
Sonho
Minha viva
realidade
Puramente
Sonho!
Antes do
antes existir
Sonho
Pretérito
Agora Vindouro
Sonho
O futuro do
meu além-infinito
Sonho
O meu
fenecer
Eternamente
Sonho
Aqui Há-de
ser
A minha mais
pura realidade sonhada
Em ser o que
nunca sonhei ser
De vera Em
sonho
E que nunca
fui antes do nascer
Nem depois
do fenecer
Por tudo não
passar do Ser sonho
E de ser
sonho.
Os nossos
filhos
Sonhos
nossos
O filho meu
Fruto dos
Eus sonhos
Concebido em
meu sonho de Ser
Um eterno
Sonho de mim mesmo
E das coisas
que senti e hei-de sentir
Não
sonhando!
Mas sendo
Absolutam
Zero
zero um - SINOPSE
Sonhar estas idéias oníricas comigo,
amigos leitores, amigas leitoras atentas ou desatentas, certamente, os levam a
se identificar com traços de passagens ou de personagens desta hi(e)stória
engraçada; digo engraçada porque quase nada levo a sério na vida,
principalmente a de quem vive um duradouro sono de trinta anos.
Estou a dormir, como vês. Sonho esta
estória, cuja hibernação é de trinta longuíssimos anos; até penso que não vou
sair deste torpor. Saio. E tudo é como se renascesse das cinzas. Sou eu, então,
o homem-fênix? Mas não vou me arrepender se continuar a ursar hibernantemente
ou hibernamente por demasiado tempo, ou quem sabe até a minha finitude
existencial!
Sinta cara leitora minha e caro
leitor meu, o sonho começou. Sonhe sempre dormindo; sonhar acordado corre risco
de se expor ao ridículo; por isso, não aconselho sonhar assim, pode se dá nos
piores dos pesadelos, e qualquer semelhança com o real é mero paradoxo.
Se sua identificação comigo for via
o fictício, tenho o enorme prazer em aplaudi-la(o) de pé, mas se for via
semelhança ao real, muito gostaria de fazer o mesmo, porém não posso, pois
estou de mãos atadas, pelo lapso que cometo de fazer acreditarem nas minhas
mentíforas imagéticas de sonhador.
Pois bem, quem nunca mentiu? Sempre
quis mentir, assim como é a natureza de toda criança; porém, a mentira tem
pernas curtas, e a minha educação religiosa não me permite tal ousadia. O
monstro do pecado me assusta; menos o batão-de-fogo, o João Beca, das estórias
de Trancoso; estas não passam de lenda, ou coisas da fértil imaginação de minha
mãe, eu não tenho pingo de medo. Por isso, sou uma criança amedrontada a temer
coisas divinas. E isto, com toda certeza, é muito bom para mim; serve também,
pra meu crescimento... Pois, é muito feio uma criança mentir.
Entro na segunda adolescência,
descubro que faço tudo errado, quero acertar as arestas. Estou na fase de lobo
faminto aos quarenta e tantos anos; sinto-me em débito comigo mesmo por deixar
o tempo passar; obriga-me a fantasia de outrora em resgatar algo no presente.
Eis que sou o ápice do meu sonho e
devaneio, sou nefelibata; sou homem-metáfora; vivo minhas fantasias e mentiras
de menino como um contador de estórias. Não, não mudei de credo, caro leitor,
se assim o pensa; continuo temente a Deus, e a ninguém mais; mas agora, minha
mentira não tem pernas curtas, mais não. Cortei-as. Cresci. Acredite, é
verdade! Toda mentira tem fundo de ficção, como todo sonho tem de fantástico e
de surrealismo; ou senão, toda verdade tem fundo de brincadeira e vice-versa,
não é isso?!
Brinco com o irreal, o verossímil, a
mentífora; vivo o fantástico, mas faço de conta que não estou no país da Alice,
ou, em As Mil e uma Noites da belíssima Sherazade a ouvir suas eternas
estórias. Navego no mundo das minhas
reais fantasias, dos meus reais desejos de gente grande, exerço o livre
arbítrio e acredito no sucesso na vida de todos; dos que nascem em berço e dos
que nascem em rede; pois, todos, sem regra para excetuar, alcançam o merecido
sucesso um dia; nem que seja como eu agora, em sonho, ou, quem sabe, já já no
inexorável crepúsculo de moribundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário