A pesquisa foi realizada entre 02/12 e 13/12 e contou com a participação de 6.910 internautas. As alternativas foram "Sim, tenho vocação para ensinar", "Já tive vontade, mas desisti pelas más condições", "Não, é uma profissão cada vez menos valorizada" e "Sim, apesar de ter um baixo salário".
A opção mais votada foi "Não, é uma profissão cada vez menos valorizada" com 40,07%. Para Henrique Ohl, Analista de Treinamento do Nube, esse pode ser um reflexo das manifestações, iniciadas no meio de 2013. "A população não está satisfeita com a educação de maneira geral. Além disso, a faixa salarial destes profissionais está abaixo da maioria das outras carreiras, tornando-a menos atraente", comenta.
Em seguida, veio "Sim, tenho vocação para ensinar", com 28,93%. "Em se tratando de professores, a felicidade está muito mais relacionada ao desejo profissional quando comparada ao salário. Quem 'nasceu com o dom' tem facilidade para atuar e, consequentemente, mais motivação para trabalhar", explica Ohl.
Em terceiro, com 19,70% ficou "Já tive vontade, mas desisti pelas más condições". Com isso, a soma das duas respostas negativas totaliza 59,77% dos votos, servindo como um alerta para um possível "apagão" de educadores.
Por fim, "Sim, apesar de ter um baixo salário" terminou com 11,30%. "Tão importante quanto a dedicação é a reinvidicação por melhorias de salários e condições de trabalho. O futuro deve ser construído pelos adultos de hoje, não pelos de amanhã", finaliza Ohl.
Embora o número de formados aumente a cada ano, pesquisas revelam o desinteresse pela carreira de educador. De acordo com dados do Ministério da Educação (MEC), só nas áreas de Matemática, Física e Química, o déficit é de 170 mil posições. Outro levantamento, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostra uma realidade preocupante. Cerca de 53,5% dos docentes do ensino médio público e particular não tem a formação ideal para lecionar; ou seja, o diploma de licenciatura.
Fonte: Nube. Imagem: sxc.hu.
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